Guiné-Bissau deve preocupar todos países africanos, diz UA

"A Guiné-Bissau é um problema que deve preocupar toda África e para o qual todos os países africanos com capacidade técnica, financeira e logística devem contribuir".

Da Redação, com Panapress

Dakar - O representante permanente da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, o diplomata angolano Sebastião da Silva Isata, considerou quinta-feira (25) o apoio a este atribulado país lusófono da África Ocidental como "um imperativo categórico para todos os Estados-membros da UA".
Sebastião Isata falava à PANA a partir da capital federal nigeriana, Abuja, onde representou o presidente da Comissão da UA, Jean Ping, numa reunião, quarta-feira, do Conselho de Mediação e Segurança (CMS) da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) consagrada à Guiné-Bissau.


Ele explicou que, durante este encontro de nível ministerial, lançou um apelo para que o caso da Guiné-Bissau não seja visto simplesmente como uma questão exclusiva da CEDEAO e/ou da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) ou ainda de alguns poucos países.



No seu entender, esta seria "uma visão redutora que excluiria outros potenciais contribuintes maiores, coletivos ou individuais, incluindo países como a África do Sul, a Líbia e a Argélia, entre outros".



"A Guiné-Bissau é um problema que deve preocupar toda África e para o qual todos os países africanos com capacidade técnica, financeira e logística devem contribuir, independentemente da sua localização geográfica ou da comunidade (económica regional) a que pertencem", insistiu.



A este propósito, disse que a União Africana reiterou em Abuja o seu apreço a países como Angola e a China pelo seu apoio financeiro ao processo de reformas do setor de defesa e segurança na Guiné-Bissau, nos planos bilateral e multilateral.



Lembrou que Angola já disponibilizou 35 milhões de dólares americanos, enquanto a China anunciou o desembolso de 12 milhões de dólares americanos como a sua participação no processo.



De acordo com o representante do presidente da Comissão da UA, este exemplo de Angola e da China "devia ser seguido pelos demais países-membros da UA e outros entes da comunidade internacional como forma de reforçar e confirmar as nossas intervenções políticas".



O encontro de Abuja, que contou também com a presença de representantes da CPLP e das Nações Unidas, foi dominado pela análise e adoção do relatório duma reunião extraordinária conjunta dos Comités das Chefias Militares e das Chefias dos Serviços de Segurança da CEDAO sobre a aceleração das reformas na Guiné-Bissau.



Esta última reunião, que também decorreu na capital nigeriana de 22 a 23 de Novembro corrente, contou igualmente com a participação de representantes da CPLP, incluindo Angola e Cabo Verde.
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